Sônia Carvalho Oliveira
Jovem muito responsável e correta, é o alicerce da família. Filha única, respeita a vontade do pai Piragibe (Luis Gustavo) de não querer se mudar para um local menos dispendioso. Para sustentar o casarão, trabalha como secretária de Clóvis (Dalton Vigh) na fábrica de cristais e aluga dois quartos da casa. Há anos namora Camilo (Malvino Salvador), por quem não é apaixonada, mas acredita ser o homem ideal para constituir uma vida honesta e carinhosa. No entanto, quando conhece Marcos (Thiago Fragoso), não resiste ao grandioso sentimento que surge e acaba rompendo com o namorado.
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Entrevista
Paola Oliveira é uma unanimidade. Não tem quem não goste de seu jeito doce, alegre e delicado. Características que ela emprestou para Sônia, uma personagem que ganhou o carinho e a piedade do público, comovido com seu sofrimento na trama. Para uns, uma lutadora. Para outros, uma princesa dos contos de fadas. Assim é a criatura, e também a criadora. Mas segundo Paola, tem uma virtude de Sônia que ela gostaria de ter: a capacidade de perdoar. "Se a gente conseguisse ter metade dessa bondade e facilidade de apagar o que foi feito de ruim, sem desejar mal algum às pessoas, já estava bom", avalia a atriz, que revela um pouco de sua intimidade na conversa abaixo.
Quais traços da sua personalidade você acha que mais tem a ver com a década de 50?
Eu não sei muito bem o que é de época e o que é atual. Mas acredito que desde aquela época a personalidade era única. Mas tem uma coisa da década de 50 que eu achei bem diferente e marcante para mim. As mulheres de hoje são mais independentes e autoconfiantes do que as daquela época, que dependiam de seus maridos, da sociedade e de outros fatores. Eu até dei uma pitadinha de atualidade na Sônia.
Essa época lhe atrai em algum aspecto? Quais?
O que mais me atrai é a elegância da época. As coisas não eram tão banais, tudo se transformava num evento, um grande acontecimento. Então, acho que as pessoas sempre tinham um pretexto para estarem felizes e fazerem festas. Inclusive, as mulheres eram mais elegantes. Essa pompa toda me encanta e me agrada.
O que mais me atrai é a elegância da época. As coisas não eram tão banais, tudo se transformava num evento, um grande acontecimento. Então, acho que as pessoas sempre tinham um pretexto para estarem felizes e fazerem festas. Inclusive, as mulheres eram mais elegantes. Essa pompa toda me encanta e me agrada.
Quais características da Sônia que você não tem, mas que gostaria de ter. Por quê?
Eu acho a Sônia uma pessoa muito boa, que perdoa as coisas sem guardar rancor. Acho que se a gente conseguisse ter metade dessa bondade e facilidade de apagar o que foi feito de ruim, sem desejar mal algum às pessoas, já estava bom. Então, se eu pudesse, pegaria um pouco dessa bondade e capacidade que a Sônia tem de perdoar.
O que você destacaria como o mais marcante deste trabalho na sua vida, tanto profissional quanto pessoal?
O trabalho em si foi o ponto mais marcante pra mim. Não tem um destaque único. O início do meu trabalho até o final dele foi marcante, porque é o primeiro trabalho que faço com toda essa força arrebatadora que tomou conta da minha vida. E mesmo com todos os percalços que a novela teve, ela foi um grande sucesso, e eu me incluo nele.
A participação nesta novela lhe fez aguçar mais seu lado espiritual?
Acho que sim. Inacreditavelmente, fui uma das únicas pessoas que não fiquei doente na novela, todo mundo caiu, teve algum problema. Eu não tive nada. Mas eu nunca deixei de me cuidar, fazer minhas orações e pedir proteção. Acredito que o tema da novela mexeu com energias que a gente desconhece, então, tive o cuidado de me preservar o quanto pude.
Foi difícil fazer a cena em que você fingiu estar morta num caixão?
Foi um pouco aflitivo, deu até um medo, mas, graças a Deus, correu tudo bem. Logo que entrei no estúdio, eu fiz uma oração antes de entrar no caixão e pedi proteção.
O que você acha das roupas dessa época? Prefere às de hoje? Que estilo você costuma adotar?
A elegância das roupas da época me atrai muito, mas também gosto de algumas coisas atuais. Então, se é para escolher entre uma e outra, fico na coluna do meio. Eu usaria uns vestidos longos daquela época, com as cores clássicas, que são lindos, mas, com uma sensualidade a mais, como decotes mais avantajados ou cortes mais justos. Acho que o meio termo é o ideal. Gosto de misturar algumas coisas atuais com o glamour daquela época.
Mas qual é o seu estilo de roupa para o dia-a-dia?
Na minha vida, eu sou mais tradicional: vestido, calça jeans, chinelo ou sandalinha. Eu sou “tranqüilona”. Gosto de andar bem à vontade.
As pessoas lhe param nas ruas? O que elas dizem?
Eu ouço muitas coisas. As pessoas falam que vão ficar com saudades da minha personagem, que gostam muito do meu trabalho e que não conseguem mais me ver como Paola, só como Sônia. As senhoras ficam penalizadas com o sofrimento da Sônia e as crianças ficam enlouquecidas com a história. Parece que elas me vêem como uma princesa de um conto de fábulas. E isso é muito legal, porque é um sinal que a minha atuação está convincente. É muito gostoso e engraçado ver a reação das pessoas.
O padrão de beleza dos anos 50 eram mulheres tipo a Marylin Monroe, com curvas mais arredondas. Ou seja, bem longe das formas “secas” tão valorizadas nos dias de hoje. Qual biotipo acha mais bonito?
Eu vou puxar sardinha para o meu lado, porque eu não sou magrela, embora ache lindo. Mas acredito que cada uma tem o seu valor. Então, uma coisa meio Marylin, mais curvilínea, me agrada mais, pois é mais próxima do meu físico.
Já tem planos para depois da novela?
Eu tenho um superprojeto chamado férias. Acho que a gente rende mais e o trabalho sai sempre melhor quando a gente está com a cabeça tranqüila, por isso preciso descansar um pouco. E não preciso de muito tempo, apenas uma semana ou quinze dias. Tenho certeza que vou estar com a pilha total.
Eu tenho um superprojeto chamado férias. Acho que a gente rende mais e o trabalho sai sempre melhor quando a gente está com a cabeça tranqüila, por isso preciso descansar um pouco. E não preciso de muito tempo, apenas uma semana ou quinze dias. Tenho certeza que vou estar com a pilha total.
É a sua segunda novela. Sempre foi atriz? O que fazia antes da TV?
Antes de fazer novela eu era modelo. Comecei a trabalhar aos 16 anos, até me achava velha demais para isso. Mas peguei tudo quanto era trabalho e foi como modelo que eu fiz a minha primeira viagem para fora do Brasil. Logo, percebi que eu me dava melhor na publicidade fazendo comerciais, porque no comercial você precisa atuar de certa forma. Então, resolvi estudar teatro em paralelo à faculdade de Fisioterapia. Descobri que era isso que eu queria fazer da minha vida e não parei mais.
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